A DIFICULDADE DE ACEITAR O NOVO
SÉRGIO PEREIRA, EM 14/09/2012.
Texto proferido na Sessão Mediúnica de 05/10/2012.
Texto proferido na Sessão Mediúnica de 05/10/2012.
Realmente é inegável dizer o quanto é difícil para maioria de nós, humanos, poder deletar pensamentos, conceitos, definições e atitudes arcaicas, rançosas e obsoletas e abrir nossa mente e percepção para aceitar o novo e o verdadeiro. Como espiritualistas que somos bem sabemos que as vezes é necessárias outras reencarnações para evoluirmos nesse sentido e reprogramar a nossa mente para o novo. Mas isso não quer dizer que não seja possível acontecer nesse atual estágio de vida pela qual estamos encarnados. Isso depende exclusivamente de cada vivente. A Ciência conseguiu, neste século XX, em qualquer aspecto da vida e do conhecimento, as proposições, investigações e pesquisas científicas e revisaram os conceitos consagrados nos séculos passados confirmando os certos e desmistificando os errados. É sempre necessário atualizar tudo o que se refere aos estudos, pesquisas e práticas espiritualistas para termos um entendimento no mínimo fundamentado em fatos verdadeiros da espiritualidade, aparando as arestas da ignorância, da superstição e do fanatismo. É de bom alvitre ressaltar que a Espiritualidade não é e nunca será engessada em conceitos humanos definidos, pois sempre, estará à frente da nossa vã filosofia. É necessário em todos os tempos ter uma linguagem compatível e atualizada para o entendimento da espiritualidade que consiga abranger um maior número de pessoas possíveis. O próprio Sr. Allan Kardec, nunca quis ter a última palavra, ao contrário, falou que se qualquer coisa fosse comprovada deveria ficar com ela e não com a palavra dele. Por outro lado, Emmanuel, espírito mentor do médium Chico Xavier disse que se alguma informação que ele desse fosse contrária ao Espiritismo, que se abandonasse o que ele disse e que ficássemos com Kardec. Ninguém muda ou se transforma enquanto sua situação, pensamento ou crença o satisfaz. A insatisfação é que cria a necessidade de mudar, de encontrar um novo ponto de equilíbrio, de satisfação. Existem pessoas que estão frustradas, mas que se mantêm indecisas ou apenas questionam teoricamente, sem nunca se decidirem a refazer o próprio caminho, seja por comodismo ou força de vontade. Mas ninguém faz essas melhorias e mudanças por nós o que somente nós temos que fazer. Essas reprogramações pessoais são nossas conquistas. Nem Deus, nem Santos, nem venerandas entidades espirituais vão fazer isso por nós. As resistências que temos para reestruturar idéias e crenças são muitas. Na verdade, é um processo doloroso, solitário e abre espações vazios e de dúvidas constantes, até que se alcance um relativo equilíbrio com as novas idéias. Mudar é um processo desestruturador. É derrubada de muitos conceitos e conhecimentos já entranhados em nossa mente. São notórios os casos que durante a busca do conhecimento se deparam com verdades que derrubam os conhecimentos já adquiridos, então, vem os casos de “perda de fé” que arrojam pessoas ao descrédito, à indiferença, ao niilismo e a pensar ou tentar pensar, ao contrário de tudo que pensava anteriormente. Mudar conceitos significa um redimensionamento estrutural da mente. Referenciais são mudados. Pontos de apoio e formas de entender, e até de falar, entram em acelerada transformação. È um processo devastador, mas acima de tudo é libertador. Abre o Espírito para a diversidade e a novos entendimentos capazes de lançar luzes sobre a visão perturbada e nebulosa dos fatos.
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Espiritual
Ano de Yemanjá/Osalá/Ajelú
"Eu Sou! Eu Faço!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário