sábado, 2 de abril de 2016

IPADÊ EXÚ - COM LETRA - saudando todos Orixás





SÉRGIO PEREIRA/KAJAIDE

ORIENTADOR ESPIRITUAL

ANO DE OSALÁ E OYÁ

"UNIDO SOU MAIS QUE DOIS!"

"IYAMI - As Grandes Mães" (parte 02) c/ Prof. King (172)





SÉRGIO PEREIRA/KAJAIDE

ORIENTADOR ESPIRITUAL

ANO DE OSALÁ E OYÁ

"UNIDO SOU MAIS QUE DOIS!"

"IYAMI - As Grandes Mães" (parte 01) c/ Prof. King (171)


"O MENSAGEIRO DOS ÒRÌSÀS - Parte 02" c/ Professor King (128)





SÉRGIO PEREIRA/KAJAIDE

ORIENTADOR ESPIRITUAL

ANO DE OSALÁ E OYÁ

"UNIDO SOU MAIS QUE DOIS!"

"O MENSAGEIRO DOS ÒRÌSÀS - Parte 01" c/ Professor King (127)


O Legado de Pitágoras - 02 - Pitágoras e Outros


Pequeno dicionário Yorubá x Português

Pequeno dicionário Yorubá x Português

 
A

ABADÁ – Veste branca ou de cor, de mangas largas usada, pelos Yorubás.
ABADÔ – Parte da vestimenta do Orixá Oxum.
ABALÔ – Nome dado a Oxum quando brinca com o leque.
ABARÁ – Bolo feito com massa de feijão fradinho, cebola, camarão seco, sal, enrolado com folhas de bananeira e cozido no vapor da água quente.
ABASSÁ – Terreiro de Candomblé que segue os preceitos da nação Angola.
ABATÁ – Sapato ou qualquer tipo de calçado.
ABÊ – Tida como irmã gêmea de Badé, vodum feminino cultuado no Maranhão.
ABEBÊ – Leques de Oxum e Yemanjá, sendo o de Oxum em metal dourado e o de Yemanjá em metal prateado.
ABIAN – Nome dado ao iniciado no Culto dos Orixás que ainda não recebeu qualquer tipo de obrigação.
ABICUN – Uma criança que morre logo após o parto para atormentar os pais, nascendo e renascendo indeterminadamente.
ABIODUN – Título de um dos Obás de Xangô.
ABÔ – Banho de ervas sagradas dos Orixás.
ABOMI – Um dos nomes atribuídos a Oxum e a Xangô, em cultos ligados à água. Abomi quer dizer ao Orixá: aceite água.
ACAÇÁ – Comida ou alimento dos Orixás. Bolo feito com massa de farinha de milho branco ou arroz, cozido em água, sem sal e envolto em folhas de bananeira. É comida votiva do Oxalá, mas pode ser ofertada a qualquer outro Orixá.
ACARAJÉ – Bolo feito com massa do feijão fradinho, cebola, camarão seco, sal, e frito no azeite de dendê.
ADARRUM – Toque do Orixá Ogum.
ADARRUN – Toque rápido e contínuo dos atabaques para chamar os Orixás nas cabeças dos filhos de santo; para forçar os deuses a descer.
ADÉ – Homem com trejeitos femininos, homem afeminado.
ADIÊ – Galinha preparada para sacrifício aos Orixás.
ADJÁ – Pequeno sino cerimonial. Campânula de metal com duas ou mais bocas tocadas pelo pai ou mãe-de-santo, nas cerimônias rituais a fim de facilitar o transe dos filhos de santo.
ADOBALÉ – Nome dado ao ato de deitar-se no chão para ser abençoado pelo Orixá.
ADOCHU – Nome atribuído aos iniciados no culto dos Orixás, e também nome de um pequeno cone feito com ervas e outros axés.
ADUN – Comida de Oxum feita com milho torrado e moído, com um pouco de azeite de dendê e mel de abelhas.
ADUPÊ – Bode.
AFOMAN – Um dos nomes do Orixá Omolu, em Candomblés baianos. Deriva de Afomó; contagioso, infeccioso.
AFOXÉ – Ritual de culto folclórico, muito difundido na Bahia.
AGANJU – Umas das qualidades de Xangô no Brasil. Em Yorubá significa deserto.
AGÉ – Pessoa que não entende o Ritual.
AGODÔ – Umas das qualidades de Xangô no Brasil.
AGOGÔ – Instrumento de percussão feito de sinos que marcam o toque dos Orixás.
ÁGUAS DE OXALÁ – Cerimônia de purificação do terreiro. Esta Cerimônia marca o início do ciclo de festas litúrgicas nos Candomblés de origem Yorubá e Jêje no Brasil.
AGUÉ – Nome de um vodum Jêje, que corresponde ao Orixá Ossayn.
AGUERÊ – Dança de Yansã.
AGUERÉ – Toque cadenciado com 2 variações: uma para Oyá, outro para Oxoce. É conhecido como “quebra-pratos”.
AGUIDAVIA – Varetas de cipó, goiabeira, marmelo, ou ipê utilizadas para tocar atabaque.
AIÊ – A terra, o solo, sob o domínio de Obaluayê.
AIRÁ – Xangô velho – Uma das qualidades de Xangô.
AIUKÁ – Fundo do mar, para o povo Banto.
AJAPÁ – Cágado, tartaruga. O animal sagrado de Xangô.
AJÉ – Feiticeira.
AKÃ – Faixa usada para amarrar no peito dos  médiuns incorporados.
AKEPALÔ – Sacerdote.
AKESSAN – Um dos nomes do Orixá Exu.
AKIKÓ – Galo.
AKIRIJGEBÓ – Freqüentador do Candomblé.
AKOKEM – Galinha D’angola.
AKUKÓ – O mesmo que Akikó – Galo.
ALÁ – Deus para os daomeanos da nação Jêje.
ALABÉÊ – Tocador de tambores líder no terreiro. Aquele que canta pontos de Candomblé.
ALAFIM – Uma das qualidades de Xangô.
ALAKETO – Nação do povo Yorubá-Nagô.
ALFANGE – Objeto semelhante a uma espada.
ALIBÃ – Polícia.
ALOJÁ – A dança do ritual de Xangô.
ALOYÁ – Senhora Oyá. O mesmo que Yansã ou filho de Oyá.
ALUÁ – Bebida feita com farinha de milho ou de arroz, fermentada em água com cascas de frutas, gengibre e um pouco de açúcar. É servida nos terreiros de Candomblé, principalmente aos Caboclos.
ALUAIÊ – Nação Jêje – Angola.
ALUBOSA – Cebola.
ALUFAM – O mesmo que Olufóm, Senhor da cidade de Ifóm, a que mais cultua Oxalá.
ALUJÁ – Batida de tambor especial para Xangô.
AMALÁ – Faz parte da culinária sagrada de Xangô. Comida feita com quiabos.
AMOBIRIM – Mulher que não casou, mulher solteira.
ANA – O mesmo que ontem.
ANAMBURUKÊ – Um dos nomes de Nana Burukê, a mais velha de todos os Orixás.
ANGOLA – Região do sudoeste da África, de onde vieram negros escravos para o Brasil, trazendo vários dialetos de origem Bantu como Kimbundo, Embundo, Kibuko e Kikongo.
ANGORÔ – Na nação angola, significa qualidade de Oxumarê.
AÔBOBOI – Saudação do Orixá Oxumarê.
APAOKÁ – Orixá da jaqueira, por ser muito cultuado nela.
APARÁ – Uma das qualidades do Orixá Oxum, quando se apresenta carregando uma espada.
ARÉ – Culto ao Orixá Ogum na Nigéria.
ARÊ – Ruas e Encruzilhadas.
ARESSA – Um dos 12 ministros de Xangô.
ARIAXÉ – Banho ritual com folhas sagradas para os iniciados. Ariaxé também é nome do local onde são feitos estes banhos.
ARIDÃ – Fruto do qual se origina o Obi.
ARROBOBÔ – Uma das saudações do Orixá Oxumarê.
ARUQUERÊ – Objeto de metal usado por Oxoce.
ASSENTAR – Consagrar objetos lançando mão de apetrechos e rituais, a fim de oferecê-los ao Orixá que se quer.
ATABAQUES – São três tambores de tamanho pequeno, médio e grande que marcam o ritmo e a cadência dos cânticos. O maior se chama RUM, o médio RUMPI e  pequeno LÉ.
ATARÉ – Pimenta da Costa.
ATIM – Pó de pemba.
ATOTÔ – Expressão muito utilizada no Brasil para saudar o Orixá Omolu / Obaluayê.
AXÉ – Força vital que dá vida, a todas as coisas, presente especialmente em objetos ou seres sagrados, também nome de objeto sagrado. Expressão utilizada para passar força espiritual. Podendo ser ainda, o mesmo que amém, assim seja.
AXEXÊ – Ritual fúnebre para libertar o espírito da matéria.
AXÔ – Roupas dos filhos de santo.
AXOÔGUN – Espécie de Ogã que tem como função sacrificar animais para os Orixás. Ele tem conhecimentos a respeito de todos os sacrifícios, rituais, rezas, cantigas e maneiras de agradar os Orixás.
AXOQUÊ – Um dos nomes de Yemanjá no Candomblé de origem Bantu.
AXOXÔ – Comida feita com milho vermelho cozido, enfeitado com fatias de coco. Comida dada aos Orixás Ogum e Oxoce.
AYÊ – Tem dois sentidos, podendo significar terra ou vida.
AZANADÔ – Espécie de vodun muito cultuado na Casa de Minas, no Maranhão.
AZÊ – Capuz de palha da costa usado por Omolu ou Obá.
 
 
B

BABA – Pai.
BABÁ – Expressão usada para saudar Oxalá.
BABALAÔ – O sacerdote do culto de Ifá. Quer dizer: aquele que tem o segredo. Diz-se da pessoa que pode ver através do jogo de Opelê-Ifá (jogo de búzios).
BABALORIXÁ – Sacerdote líder. Só pode chegar a essa posição depois de sete anos de ter sido feito no santo. O mesmo que Pai de Santo.
BABALOSANYIN – Pessoa (com preparo especial) encarregada de colher as ervas sagradas dos Orixás.
BABA KEKERÊ – O mesmo que Pai Pequeno.
BACO – Ato sexual.
BALÊ – Cemitério, casa dos Eguns.
BALUÊ – Banheiro, local de banho.
BARÁ – Nome do Exu que protege o corpo.
BARCO – Nome dado ao grupo de filhas e filhos de santo iniciados ao mesmo tempo.
BARRACÃO – Onde as cerimônias tomam lugar.
BARRAVENTO – Gíria que define o desequilíbrio momentâneo que os filhos de santos sofrem antes da incorporação.
BARU – Nome dado ao Xangô violento, ligado ao fogo e às vezes a Ogum.
BATETÉ – Comida dos Orixás.
BOBÓ – É comida dos Orixás.
BORI – Sacrifício animal, cerimônia, primeiro estágio da iniciação.
BRAVUN – Toque dos atabaques, sonorizados de forma a chamar diversos Orixás. É também a dança de Oxumarê.
 
 
C

CABAÇA – Fruto do cabaceiro utilizado em diversas formas, e em diversos rituais.
CAÇUTE – Na Bahia, caçute é uma espécie de Oxalá.
CALIFÃ – Prato ritualístico com 4 búzios, onde se pede a confirmação aos Orixás em certos rituais.
CALUNGA – Termo que designa uma espécie de entidade da linha de Yemanjá. Pode ainda significar Cemitério (Calunga Pequena) e mar (Calunga Grande).
CAMARAN-GUANGE – Na nação Angola, é uma espécie de Xangô.
CAMBONA (O) – Auxiliar sagrado dos rituais de Umbanda.
CAMUTUÊ – Cabeça dos filhos de santo.
CANDOMBLÉ – Nome que define os cultos afro-brasileiros de origem Jêje, Yorubá ou Bantu.
CAÔ – Saudação a Xangô.
CAPANGA – Uma espécie de bolsa que os Orixás usam para carregar seus apetrechos.
CARREGO – Pode vir a ser um despacho, uma obrigação ou qualquer tipo de carga negativa.
CARURU – É comida de Ibêji, feita com quiabos, frango, sal e azeite de dendê. Também pode ser um tipo de erva comestível, de paladar semelhante ao espinafre.
CATENDÊ – Para o povo de Angola é uma espécie de Ossayn.
CAVARIS – Conchas da África, búzios, instrumento pelo qual se faz as consultas a Ifá.
CAVIUNGO – Inkice correspondente ao Omolu dos Yorubás.
CAVUNJE – Moleque.
CAXIXI – Instrumento utilizado nos cultos para acompanhar os cânticos. É feito com vime trançado, e têm em seu interior algumas sementes.
CINCAM – O mesmo que “não”.
COITÉ – Fruto que partido ao meio, serve como recipiente para servir bebidas aos Orixás e participantes do culto.
COLOBÔ – Exu.
COLOFÉ – Abenção.
CONCICAM – O mesmo que “sim”.
CONGO – Subdivisão do Angola-Congo. Congo é a nação do povo Bantu.
CURIMBA – Os cânticos realizados, na Umbanda.
 
 
D

DÃ – O mesmo que Oxumarê.
DAGÃ – Filha de santo antiga na casa, encarregada de tratar dos Exus.
DAMATÁ – O mesmo que Ofá.
DANDÁ – Tipo de raiz, utilizada nos cultos aos Orixás por suas diversas utilidades, é mais conhecida como dandá da costa.
DANDELUANDA – Yemanjá na cultura Bantu.
DAOMÉ – O mesmo que DAHOMEY, antigo nome da atual República de Benin, na África.
DECIÇA – Esteira de tapume.
DELONGÁ – Prato.
DELONGA – Vasilha de beber, caneca.
DESPACHO – Algum ebó que se oferece aos Orixás em troca de conseguir o que se quer. O despacho é feito fora do terreiro e geralmente envolve queima de pólvoras e holocaustos.
DIA DE DAR O NOME – É o dia da festa de Orukó, realizada após a iniciação de um Yaô, quando o Orixá diz seu nome em público.
DJINA – Nome dado aos iniciados nos cultos de origem Bantu e que fará conhecido pela comunidade. Como o nome não deve ser pronunciado em vão, chama-se o nome pela Djina.
DOBALÉ – Pode ser saudação entre orixás femininos ou o ato de bater a cabeça.
DEBURÚ – Pipocas.
DOUM – Segundo a lenda Yorubá era o nome de Exu quando criança, por ter uma forte semelhança com os Ibejis (crianças).
DUDÚ – De cor preta, em Yorubá.
DZACUTA – Aquele que atira pedras. É também uma das qualidades de Xangô no Brasil.
 
 
E

EBÁ – Despacho feito a Exu.
EBÓ – Toda e qualquer comida ritualística oferecida aos Orixás, independentemente se é para agradar o Orixá ou para servir como despacho, por exemplo.
EBÔMI – Estágio atingido pela Yaô depois de sete anos de aprendizado.
EBÔMIN – Filha de santo que cumpriu a iniciação.
ECHÉ – Oferenda feita com as vísceras dos animais consagrados a seus respectivos Orixás.
EDAM – A cobra de Oxumarê.
EDÉ – Cidade da Nigéria que cultua Eguns.
EDI – Ânus.
EDU – Carvão.
EFÓ – É comida de Ogum, feita com caruru e ervas.
ÉFUM – Desenhos feitos com giz no corpo dos iniciados.
EFUM – – Farinha de mandioca.
EGÊ – Sangue de animais, o mesmo que “xôxô”.
EGUNGUM – Osso. Refere-se também aos espíritos dos antepassados.
EGUNITÁ – Qualidade de Yansã.
EGUN – Alma, espírito desencarnado.
EIRU – Mocotó ou rabada cerimonial.
EJÁ – Peixe.
EKÊ – Fingimento, mentira.
EKEDE, EKEDI – O mesmo que Cambona (o).
EKÓ – Espécie de acaçá ofertado a todos os orixás e, principalmente a Eguns.
EKU – Morte.
ELEDÁ – Senhor dos vivos. Entidade que governa o corpo material. Um dos títulos de Olorum. Pode ser também o primeiro Orixá da cabeça de uma pessoa.
ELEDÊ – Porco.
ELEGBÁ – Vodun cultuado na nação Yorubá, correspondente a Exu.
ELEGBARÁ – Um dos títulos de Exu, que quer dizer Senhor da Força.
ELUÔ – Adivinhador.
EPA-BABÁ – Saudação a Oxalá-Guiã.
EPARREI – Saudação a Yansã.
EPÔ – Azeite de dendê.
EPOJUMA – Azeite doce.
EPONDÁ – Uma das qualidades da Oxum.
ERAM – É carne.
ERÊ – Espírito infantil que incorpora depois dos Orixás, a fim de transmitir recados aos Yaôs. Quando se recolhe passa-se uma semana incorporada por Erê.
ERILÉ – Pombo.
ERUEXIM – Rabo de cavalo. É também um objeto de metal atribuído a Yansã. Este rabo de cavalo é usado por Yansã para afastar as almas dos eguns. Presente dado a ela pelo Orixá Oxoce.
ERUQUERÊ – Rabo de animal.
ETABA – Charuto, cigarro.
ETU – Galinha D’Angola.
ETUTU – Reza para fazer feitiçaria.
EWÁ – O número dez.
EWÊ – Folha.
EXÊ-EÊ-BABÁ – Saudação cerimonial para Oxalá.
EXU – Orixá da comunicação, senhor dos caminhos. É o primeiro a ser reverenciado nos rituais e trabalha tanto para o bem como para o mal.
 
 
F

FÁ – Divindade correspondente a Ifá, Orixá da sabedoria e da adivinhação.
FAZER A CABEÇA – Ritual de iniciação que tem por objetivo tornar a pessoa apta a incorporar o Orixá.
FIBÔ – Uma qualidade de Oxoce.
FIFÓ – Lampião de querosene.
FILÁ – Capuz confeccionado com palha da costa que cobre o Orixá Obaluayê.
FON – Uma das tribos que trouxe para o Brasil a cultura Jêje, a qual cultua os voduns.
 
 
G

GANGA – Exus.
GANGA-ZUMBÁ – Foi um dos mais famosos chefes guerreiros que abrigavam escravos foragidos no Quilombo dos Palmares. Era um dos mais respeitados naquela comunidade, por isso tinha todas as honras, era tratado como o rei dos escravos.
GÊGE – O mesmo que Jêje ou Jejê, tribo com dialeto próprio oriundo do antigo Dahomey. Mesma Tribo que implantou o culto aos voduns no Brasil. Atualmente, eles se fundiram com seus tradicionais inimigos, os Yorubás, que aqui levam o nome de Nagôs, formando, então, uma tribo ramificada, a “Jêje-Nagô-Vodum”.
GONZEMO – Altar do povo de Angola.
GU – É o Ogum da Nação de Gêge.
GUDUPE – Palavra usada para denominar qualquer animal de quatro patas.
GUEDELÉ – Máscaras usadas nos rituais de feitiçaria.
GUERÊ – Qualidade de Yansã.
GUÊRRE – Farinha de mandioca usada na preparação de comidas.
GUIA – Fio de contas usado nos rituais afro-brasileiros. Na maioria das vezes essas guias correspondem aos Orixás do Filho de Santo.
GUIAME – Colar dos Orixás.
GUINÉ – Folhas utilizadas nos rituais.
GUM – O mesmo que “GU”, o vodum correspondente para os daomeanos, ao Ogum dos Yorubás.
GUNOCÔ – Orixá da linhagem de Ogum que habita as florestas.
 
 
I

IÁ – Mãe.
IALORIXÁ – A suprema em uma casa de santo. O mesmo que mãe de santo.
IANSÃ – Nome do Orixá feminino que controla os ventos, raios e tempestades. Foi uma das esposas de Xangô, e também a mais fiel delas.
IAÔ – Filha de santo que experiência transe, ou iniciada em reclusão; o mesmo que iyaô.
IBARU – Uma das 12 qualidades de Xangô, Xangô com ligação com o fogo.
IBÊJI – Orixás crianças que quando incorporados são chamados de Erês.
IBI – Caramujo que é oferecido em pratos sagrados aos orixás, principalmente Oxalá e Ogum.
IBIRI – O Cetro usado por Nanã, com uma das pontas recurvada. Nanã dança com ele tal como a mãe nina o filho. Segundo algumas lendas Yorubá, este gesto representa o arrependimento por ter abandonado Omolu, seu filho.
IBUALAMO – Oxoce que teve relação com Oxum, quando foi atraído por ela até o rio, gerando com ela o filho Logun-Edé.
IDARÁ – Pedra de Xangô.
IDÓ – Banheiro.
IDOKÊ – Pó de pemba utilizado para fazer o mal.
IFÁ – Deus da adivinhação e da sabedoria que orienta aqueles que o consultam.
IGEXÁ – Toque cadenciado para Oxum e Logun. É também nome de uma nação praticamente extinta, mas que trouxe para o Brasil a cultura Igexá.
IJIMUN – Uma das qualidades de Oxum que tem ligação com as bruxas Iyámi Oxorongá. A Oxum que com os seios alimenta e transmite vida da mãe para o filho. Oxum que encanta com o leite materno.
IKÁ – Cumprimento dos filhos de santo aos Orixás masculinos.
ILÁ – O brado dos Orixás manifestados.
ILÊ – Casa de Candomblé.
ILÊ ABOULA – Casa que cultua Egungum.
ILU – Pode significar vida ou o nome que os atabaques recebem em algumas casas de santo no nordeste.
INAÊ – Um dos nomes de Yemanjá, nos cultos Bantu.
INCÔSSE –  O Orixá da cultura Bantu, que corresponde a Ogum.
INKICE – O mesmo que Orixá nos cultos de origem Bantu.
INLÉ – Um outro nome do Orixá Oxoce.
INSABA – Folhas
IÓ – Sal.
IPETÉ – Comida de Oxum.
IROKO – Gameleira branca, morada dos Orixás. É também o nome do Orixá Funfum, filho de Oxalá, cultuado na gameleira branca, na Nigéria, pois não é cultuado no Brasil.
ITÁ – OTÁ – Pedra sagrada dos Orixás.
IXÉ – Local, nas casas de culto, onde ficam os assentamentos do barracão. Representa a ligação direta do Orum com o Ayê.
IYÁ – Mãe.
IYÁ BASÊ – Mulher encarregada de preparar as comidas dos Orixás.
IYA KEKERÊ – O mesmo que mãe pequena.
IYALAXÉ – Mulher que cuida do altar do axé.
IYALORIXÁ – Mãe de santo.
IYAMI OXORONGÁ – É a principal das Iyá Mi Ajé, que quer dizer: Minha mãe feiticeira. É a mais poderosa de todas, tem a força feminina equivalente a de Exu. Trata-se de uma entidade muito respeitada e temida. Seu culto é extremamente feminista, uma vez que Iyami não permite ser cultuada por homens.
IYÊ – Mãe.
 
 
J

JÁ – Briga, luta.
JACUTÁ – Atirador de pedras. No Brasil, recebeu a conotação de qualidade de Xangô.
JAGUN – Guerreiro. É também uma das qualidades do Orixá Obaluayê.
JANAÍNA – Um dos nomes de Yemanjá.
JARRÁ – LUÁ – Bebida dos Orixás.
JEJE – Tribo da cultura Ewefon, introduzida no Brasil através do tráfico de escravos vindos do Dahomey.
JIKÁ – Ombros.
JOLOFÔ – Coisa inútil ou pessoa tola.
JONGO – Ritual folclórico dos negros Yorubás.
JURÁ OLUÁ – Santuário.
 
 
K

KABULA – Tribo Bantu predominante no Espírito Santo, que por serem muito arredios, deu origem a palavra encabulado.
KAJANJÁ – O mesmo que Omolu.
KAMBALÃNGWÁNZE – Orixá correspondente a Xangô.
KATENDE – O mesmo que Ossayn.
KAWO KABIESILE – Saudação para o Orixá Xangô.
KELÊ – Colar do iniciado. Gravata feita com miçangas e firmas, nas cores do Orixá a que é dedicado e, colocada nos Yaôs durante a feitura para ser usada durante o resguardo.
KETÚ – Tribo Yorubá, que manteve sua cultura intacta, arraigada, entre os brasileiros. Conservou as tradições aos rituais e às cantigas, inclusive com o idioma de amplo vocabulário que permite comunicação perfeita entre os que se dedicam ao seu aprendizado.
KYXIMBI – O mesmo que Oxum.
 
 
L

LAQUIDIBÁ – Espécie de colar feito com raízes ou chifres de búfalo, muito utilizado na Nigéria, ao redor do umbigo, para proteger as crianças das doenças. No Brasil, é utilizado como guia (no pescoço) consagrada a Omolu, o senhor das doenças.
LAROIÊ – Saudação brasileira para Exu.
LÊ – O menor dos atabaques.
LE – Partícula yorubá que significa (+) mais.
LEBÁ – Exu.
LEBARA – Exu, no seu aspecto de “Senhor da Força”.
LEMBÁ – Oxalá.
LEMBADILÊ – Santo de casa.
LODÔ – No rio.
LUGUN EDÉ – Orixá filho de Oxum e de Oxoce, que herdou as características de pai e da mãe. Dessa forma, tanto pode ter seu culto no rio, quanto na terra. É, seis meses macho, onde vive na floresta caçando e seis meses fêmea vivendo no rio com sua mãe Oxum.
 
 
M

MAÍ – Subdivisão da nação dos Gêges.
MAIONGÁA – Local nas casas de culto, destinado ao banho.
MÃO DE OFÁ – Pessoa incumbida de colher folhas para rituais.
MARACÁ – Instrumento musical indígena.
MARAFA – Cachaça.
MARIWÔ – A folha da palmeira desfiada, que forra as entradas das casas de culto aos Orixás.
MAZA – Água.
MEGÊ – O número sete.
MEJI – O número dois.
MIAM-MIAM – Comida de Exu.
MIWÁ – Um dos nomes de Oxum, quer dizer Mãe-Senhora.
MOCAM – Gravata dos Orixás.
MOILA – Vela.
MUGUNZÁ – Comida feita com milho branco cozido, leite, leite de coco, sal, açúcar, cravo e canela.
MUKUMBE – O mesmo que Ogum.
MUKUNÃ – Cabelo.
MUTALOMBO – O mesmo que Oxoce, na origem Bantu.
 
 
N

NADABULÊ – Dormir.
NANÃ – Vodun Jêje assimilado pela cultura Yorubá, hoje cultuada em todas as casas de etnia Ketu, no Brasil.
NANAMBURUCU – Orixá Nanã em seu aspecto de ligação com a morte.
NCÔSSE – O mesmo que Ogum.
 
 
O

OBÁ – (min) Título dos “pastores” de Xangô. (mai) Orixá Obá, a deusa do amor e sereia africana, terceira esposa de Xangô.
OBA – Rei.
OBÁ XIRÊ – Obá que brinca.
OBALUAIÊ – Orixá das endemias e epidemias, porque tem grande poder de cura sobre as doenças.
OBATALÁ – Orixá da paz que foi delegado para iniciar a criação do mundo. Porém, conta a lenda que embebedou-se com vinho de palmeira (palma) e não conseguiu cumprir a tarefa. O vinho de palma é uma das grandes quizilas dos filhos de Oxalá.
OBATELÁ – Um dos ministros de Xangô.
OBÁXI – Saudação para Obá.
OBARÁ – O sexto Odu do jogo de búzios. Traz o número 6 e representa a prosperidade no caminho das pessoas.
OBÉ – Faca.
OBECURUZU – Tesoura.
OBEXIRÊ – Navalha.
OBI – Fruto africano utilizado em diversos rituais.
ODARA – Bom.
ODÉ – O que caça bem, bom caçador.
ODÔ – Rio.
ODU – Destino.
ODUDUWÁ – Orixá ligado à criação do mundo, que arrebatou Obatalá e criou a Terra. Foi um grande guerreiro e conquistador, mas, no Brasil é cultuado como Orixá feminino.
ODUM – A Terra.
ODUN – Ano.
ODUVÁ – Deus da Terra.
OFÁ – Arco e flecha utilizada por Oxoce como ferramenta e, com o qual ele dança quando incorporado nos terreiros.
OFANGÊ – Espada.
OGAN – “Guarda” selecionado por orixás, não entra em transe, mas age como auxiliar sagrado nos rituais. É o cargo exercido, exclusivamente por homens. Dentro da Hierarquia do Santo, vem logo depois do Zelador ou Zeladora, e é tratado como pai no santo, tendo o mesmo status da Zeladora ou do Zelador. Geralmente são filhos de entidades espirituais e são os únicos a quem, o Zelador ou Zeladora deve tomar a benção dentro da casa do Axé.
OGAN ALAGBE – Tocador de Atabaque que chefia os Demais. Ogan mais velho.
OGAN NULÚ – O tocador dos atabaques.
OGAN AXOGUN – Responsável pelos holocaustos dentro da casa do Axé.
OGUM – É o Deus das guerras e o Orixá, que abre os caminhos.
OGUM XOROQUÊ – É o nome do Ogum que desceu as montanhas. Ogum com grande fundamento com o Orixá Exu.
OGUNTÉ – Uma das qualidades de Yemanjá, que teria ligação com Ogum.
OIÁ – O mesmo que Yansã.
OIM – Mel.
OJÁ – Pano utilizado pelas baianas para cobrir o peito. Pano também utilizado para vestir os atabaques.
OJÉ – Sacerdote dos cultos de Egungum.
OJÓ ODÔ – Dia da festa do pilão de Oxalá.
OJUM-CRÊ-CRÊ – Olho grande.
OKÊ – Montanha, morro.
OKÔ – Deus dos montes.
OLÓ – Ir embora.
OLODUMARÊ – O senhor dos destinos.
OLÓKUN – Mãe de Yemanjá.
OLORUM – Deusa das Águas.
OLOSSAIN – Sacerdote consagrado a Ossayn para colher as folhas rituais.
OLUBAGÉ – Festa anual dedicada a Omolu / Obaluayê, onde lhes são servidas várias comidas rituais.
OLUWÔ – Pessoa que vê através do jogo de búzios.
OMADÊ – Menino.
OMALÁ – O mesmo que Amalá. Comida feita para Xangô com inhame, dendê, camarão seco, cebola ralada e, coberto com molho de quiabos.
OMIN – Água.
OMINTORÔ – Urina.
OMOLU – Orixá de natureza guerreira que tem o poder de combater as doenças.
ONANXOKUN – Nome de um dos 12 ministros de Xangô.
ONIKÔYI – Também um dos 12 ministros de Xangô.
OÔRUKÓ – Dia em que os iniciados recebem o “nome”.
OPANIJÉ – Toque cadenciado para Omolu dançar.
OPELE-IFÁ – Colar feito com oito nozes de Ikin, ligadas por uma corrente para leitura dos Odus.
ORÉ – Rapaz.
ORI – Cabeça.
ORIKI – Nome da saudação do Orixá.
ORIXÁ – A palavra Orixá significa Ori=cabeça, Xá=Rei, senhor. Senhor da Cabeça.
ORÓ – Deus do mal.
ORÔ – Seqüências de cânticos litúrgicos ou rezas utilizadas para os Orixás.
OROBÔ – Fruto natural da África, utilizado em diversos rituais.
ORUM – Sol.
ORUM-BABÁ – O pai do Céu.
ORUN – Espaço sagrado, o céu.
OSÉ – Semana. Ou pode ter o significado de limpar os assentamentos dos Orixás.
OSSANIYN – É o Orixá das matas. O mesmo que Ossayn.
OSSÉ – Oferendas.
OTÁ – Pedra consagrada aos Orixás.
OTIN – O mesmo que marafo, cachaça.
OTUN – Lado direito ou direita.
OXAGUIAN – Oxalá-Guian, a forma jovem do velho Oxalá. Oxalá que traz a espada e tem fundamentos com Ogum e Yansã.
OXALUFAM – Oxalá-Lufam, a forma mais velha de Oxalá.
OXÊ – Machado alado, símbolo de Xangô.
OXÓCE – Orixá caçador, que representa a fartura. É companheiro de Ossayn, por ser ele também das matas, e de Ogum.
OXUM – Deusa das águas doces e frias. É o orixá da fertilidade e  maternidade.
OXUMARÊ – Orixá do arco-íris encarregado de suprir o Orum com água. No Brasil é cultuado como metá-metá, ou seja hermafrodita, que tem dois sexos. Na África é tido como Orixá masculino.
OXUPÁ – A lua.
OYÁ – Orixá Oyá, deusa dos ventos, tempestades e raios. Foi uma das esposas de Xangô.
OYÁ FUNÃ – Um dos tipos de Oyá Balé cultuada no Brasil.
OYÓ – Cidade da Nigéria fundada pelo pai de Xangô, que a deu de presente ao filho transformando Xangô no rei de Oyó. Este é um dos locais, onde o culto ao orixá Xangô é mais forte.
 
 
P

PAXORÔ – O Cetro sagrado de Oxalá. O símbolo que ele traz na mão direita quando dança, simbolizando o elo entre a Terra e o céu.
PADÊ – Encontro, reunião. Porém, no Brasil, também significa a cerimônia de despachar a Exu, antes de começar os trabalhos rituais.
PAJELANÇA – Ritual que envolve a mistura de rituais indígenas, católicos e espíritas. Típico das regiões do Pará, Amazonas, Piauí e Maranhão.
PANÃ – Ritual conhecido como Tira Kijila, que tem por finalidade relembrar ao Yaô suas tarefas diárias, das quais ele esteve afastado durante o tempo da iniciação, além de aplicar-lhe ensinamentos, mostrando como deve se comportar fora da vida religiosa. Cerimônia na qual comidas feitas por iniciados são vendidas em mercados ou quitandas.
PACHORÔ – Ajudantes de Oxalá.
PEJI – Quarto onde ficam os assentamentos, ou seja, local da personificação dos Orixás onde são guardados seus símbolos, e colocadas suas oferendas. Funciona como uma espécie de santuário.
PEJIGAN – O Ogan de confiança que zela pelo PEJI cuidando de tudo, desde a limpeza até pequenos reparos se forem necessários.
PELEBÊ – Tem dois sentidos: devagar e fino.
PEMBA – É um pó preparado com diversas folhas e raízes para ser utilizado nos rituais para diversas finalidades. Pode ainda ser, um tipo de giz que os guias utilizam para riscar os pontos que os identificam.
PEPELÊ – Local onde ficam os atabaques.
PEPEYÉ – Pato.
PEREGUM – Folha muito utilizada em rituais de descarrego.
 
 
Q

QUEDA DO QUELÊ – Uma cerimônia realizada algum tempo depois da iniciação (três meses depois), para a retirada do Quelê. A Queda do Quelê como é denominada, e que tem todo um ritual próprio.
QUELÊ – É como se fosse uma gravata de Orixá colocada no Yaô, durante a iniciação. Ela serve para indicar que o iniciado, a partir daquele momento, está sujeito ao seu Orixá. As gravatas dos iniciados, tem cores variadas, para cada Orixá e é usado um tipo de cor que o identifique. Por exemplo: um iniciado que tem como Orixá Ogum usará o Quelê vermelho e assim por diante.
QUENDAR – Andar.
QUIMBÁ – Espírito das Trevas.
 
 
R

RONKÓ – Quarto de santo destinado à iniciação.
RUM – O maior dos atabaques, utilizado para a marcação dos toques dos orixás.
RUMPI – É o atabaque médio que puxa os ritmos ou faz o contraponto no toque do Lê, que é o atabaque menor.
RUNGEBÊ – Contas sagradas de Obaluayê.
RUNGEVE – Colar que as filhas de santo, com mais de sete anos de iniciada, usam.
RUNTÓ – Nome que leva o tocador de atabaques (Ogan Ilu) na cultura Jêje. E é também, uma das saudações a Ogum.
 
 
S

SAKPATA – Vodum jêje que é o mesmo que Obaluayê.
SALUBÁ – Saudação a Nanã Buruque.
SAPONAN – Orixá da varíola e das doenças contagiosas. Entre os Yorubás este nome era proibido de ser pronunciado, sendo assim eles o chamavam de Obaluayê.
SARAVÁ – Saudação dos Orixás, usada muito nos cultos de Umbanda.
SATÓ – Um ritmo mais utilizado para invocar Nanã e Yemanjá. Um pouco semelhante ao toque Bravun.
SÈGI – Colar de contas azuis, feito com dois tipos de azul: um azul mais escuro que é de Ogum e um outro mais claro que é de Oxalá.
SIDAGÃ – É a substituta imediata, de Otun-Dagan que vem, a ser a filha da casa encarregada de tratar e despachar Exu, antes de iniciar as cerimônias rituais.
SIRRUM – Cerimônia fúnebre muito utilizada na nação de Angola, para  desprender o corpo material do espírito.
SOBA – Uma das qualidades de Yemanjá no Brasil.
SOBOADÃ – O mesmo que Oxumarê.
 
 
T

TARAMÉSSU – Mesa usada pelo Tata Ti Inkice para a consulta ao jogo de Ifá (jogo de búzios).
TAUARI – Cigarro de palha.
TEMPO – Entidade de origem Bantu que no Brasil é cultuado como Ktempo = vento.
TEREXÊ – Em certas nações tem o significado de mãe pequena.
TERREIRO – Nome dado às casas de culto aos Orixás.
TOBOSSI – Entidade Jêje. Uma espécie de Erê menina.
 
 
U

UBATÁ – O mesmo que Bata – sapato.
UMBÓ – Cultuar.
 
 
V

VATAPÁ – É a comida de Ogum.
VODU – Tipo de culto muito difundido nas Antilhas e em algumas regiões de Benin na África, que nada tem a ver com o culto aos Orixás.
VODU AIZÃ – Vodum da terra que tem ligação com a morte. Mais ou menos correspondente a Onilé, O Senhor da Terra.
VODUM – Entidade do culto Jêje, correspondente aos orixás Yorubás.
VUMBE – No idioma dos Bantu  significa morto ou espírito do morto. A expressão “Tirar a mão do Vumbe”, significa fazer cerimônia para tirar a mão do falecido. Em outras palavras, fazer cerimônia para que ele se desprenda das coisas materiais e encontre o seu caminho no mundo espiritual.
VUNGI – Orixás crianças (nação de Angola).
 
 
W

WÁRI – Uma das qualidades de Ogum cultuada no Brasil.
WARIN – WARU – Nome do Deus das doenças eruptivas (sífilis, varíola, lepra e etc…).
 
 
X

XAMAN – Deus dos indígenas.
XAMANISMO – Ritual procedido nas religiões afro-indígenas.
XAMBÁ – Nação de um ritual.
XANGÔ – Deus do raio e do trovão. Foi o segundo rei de Oyá e segundo as lendas Yorubás, reinou com tirania e crueldade. Xangô não nasceu Orixá porque sua mãe era humana. Ele só tornou-se Orixá após a morte, quando voltou ao Orun.
XAORÔ – Guizo que os iniciados usam no tornozelo como um símbolo de sujeição.
XAPANÃ – Deus das doenças. O Obaluayê dos Yorubás.
XARAÔ – Tornozeleira ornamental.
XAXARÁ – Símbolo do Orixá Obaluayê. Feito com as nervuras das folhas de palmeira, e enfeitado com búzios e miçangas, é o que Obaluayê traz nas mãos quando dança personificando os ancestrais.
XEREM – Chocalho de metal usado nos rituais.
XINXIN – Comida de Oxum feita com galinha.
XIRÊ – Vem do verbo brincar, podendo assim, significar divertir, jogar. Ou ainda o Xirê cantado para os Orixás = cântico dos Orixás.
XOKOTÓ – Calças ou pequeno.
XOROQUÊ – Uma das qualidades de Ogum no Brasil.
XOXÔ – Oferenda feita para o Exu com o coco do dendezeiro.
 
 
Y

YABÁ – Rainha. Termo usado para designar os Orixás femininos, principalmente àquelas que foram realmente rainhas em passagens pela Terra como Yansã, Oxum e Obá, esposas do Rei Xangô.
YANGUI – Exu considerado o primeiro do Universo. Exu Yangui, rei e pai dos demais Exus.
YANSÃ – A mesma Iansã deusa das tempestades, ventania e trovões. A mãe dos nove espaços sagrados.
YAÔ – Quer dizer esposa. Mas, no culto aos Orixás, significa sujeição aos mesmos. Submissão de esposa de Orixá.
YEMANJÁ – Na Nigéria ela é cultuada como Deusa do Rio Ogum, sendo um Orixá de Rio. Porém, no Brasil, ela é cultuada como Deusa das águas salgadas, confundida com sua mãe.
YEYÊ – O mesmo que Ìyá – mãe.
YORUBÁ – Povo nigeriano que se dividiram em diversas tribos ou nações são elas: os Ketu, os Oyó, os Igejá, os Gêges e os Nagôs. Embora divididos em tribos diferentes, mantiveram a mesma cultura. É óbvio que houve algumas deturpações, mas as origens de culto são as mesmas.
 
 
Z

ZAMBI – Deus dos angolanos.
ZARÁ – Saudação ao Orixá Tempo.
ZIRI – Comida estragada.
ZULU – Tribo africana.
 
SÉRGIO PEREIRA/KAJAIDE
ORIENTADOR ESPIRITUAL
ANO DE OSALÁ E OYÁ
"UNIDO SOU MAIS DO QUE DOIS!"



A LENDA DE HIRAM
Pelo Ven.'..Ir.'. Ethiel Omar Cartes González (*)
 
 

 
O TERCEIRO LANDMARK
A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade tem sido respeitada. Nenhum rito existe na maçonaria, em qualquer país ou em qualquer idioma, em que não sejam expostos os elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas escritas podem variar e, na verdade, variam; porém, a lenda do construtor do Templo constitui a essência e a identidade da Maç .’.. Qualquer rito que a excluísse ou a alterasse materialmente, cessaria, por isso, de ser um rito maçônico.

Até aqui o terceiro Landmark da lista colecionada pelo Ir.’. Alberto Gallatin Mackey.
Todos nos conhecemos a Lenda, sua dramaticidade e seu simbolismo, e sempre ficamos emocionados cada vez que assistimos a uma nova representação dela. Mas cabe a nos, eternos estudiosos que somos da simbologia maçônica procurar as origens da Lenda, quem foi seu personagem principal e ir atrás daqueles detalhes ocultos que podem enriquecer o que até agora conhecemos da Lenda.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Elias Ashmole, sábio e antiquário inglês (1617–1692), iniciado em 1646, teria sido o criador dos rituais dos três graus da maçonaria simbólica e, inclusive, do Royal Arch, autoria hoje contestada por autores modernos mas a época em que eles foram criados permanece a mesma e que é uma época interessante pelos fatos históricos que aconteceram e que muito tem a ver com o desenvolvimento da maçonaria moderna. Carlos I, príncipe da dinastia escocesa dos Stuart, foi decapitado em 1649, com o triunfo da revolução de Oliverio Cromwell que instala sua república puritana. Elias Ashmole, que era do partido dos Stuart, haveria decidido modificar o Ritual de Mest.’.fazendo uma alegoria do trágico fim de Carlos I e para que fora usado tanto os conhecimentos míticos como o espírito místico; Hiram ressuscita de entre os mortos assim como Carlos I será vingado pelos seus filhos.

Outros investigadores relacionam a Lenda de Hiram com a morte de Jacobo de Molay, partindo da tese que a maçonaria deriva da Ordem dos Templários.

O anterior são unicamente especulações, desenvolvidas por quem procura descobrir a origem da Lenda e, de fato, nem seus autores são conhecidos, tendo aparecidos em escritos diversos mencionados por quem ouviu falar. A Lenda não tem mais de 300 anos, dentro da ritualística maçônica e nenhum dos antigos manuscritos maçônicos menciona a Lenda de Hiram, nem mesmo a Constituição de Anderson de 1723 e nem os Regulamentos Gerais compilados por George Payne em 1720.

Sabemos que uma lenda é uma narração transmitida pela tradição, de eventos considerados históricos, mas cuja autenticidade não se pode provar. Sendo assim, não poderíamos falar que o fato realmente não existiu, somente que não temos provas sobre ela.

E se a Lenda de Hiram é tão importante porque ela não é mencionada desde o Pr.’. Gr’.? Respondemos falando que ela é revelada somente aos MMestr’., porque sem ter os conhecimentos completos do primeiro e segundo grau, não pode ser compreendido ainda o mistério da vida, da morte e da ressurreição. O novo Mestr’., irá a estudar que a morte vence porque, por deficiência nossa, nos não temos estudado o secreto da vida que é a verdade; com um estudo mais profundo veremos que a morte é negação, a vida é afirmação; a morte é como o erro; o erro existe porque existe a ignorância; procuremos o secreto da vida que vence a morte.

ANTECEDENTES BÍBLICOS
A morte de Hiram nas mãos dos três maus companheiros também não é mencionada na Bíblia pese a que são dedicados muitos capítulos à construção do Templo de Salomão com dados detalhados da quantidade de obreiros, financiamento, custos, arquitetura, etc. É mencionado Hiram Abif como Hirão de Tiro, (Reis 7, 13) ou Hurão Abiú sendo Hurão, meu pai, (Crônicas 2,13) filho de uma mulher viúva, filha de Dã e que, junto com ser um homem sábio de grande entendimento, sabia lavrar todos os materiais. Mas a Bíblia não credita a Hiram Abif o cargo de diretor dos trabalhos de construção do Templo e sim como um artífice encarregado de criar as obras de arte que iriam a causar admiração aos visitantes.

Todos sabemos que os livros da Bíblia não são exatos historicamente falando. Temos o exemplo das medidas do Mar de Bronze que, conforme cálculos da engenharia moderna, é de 75.000 lts. Conforme Reis era de 53.000 lts, conforme Crônicas era de 79.000 lts e, ainda, conforme uma Bíblia inglesa em Reis dá a medida de 9.273 lts. Na própria construção do Templo a quantidade de obreiros empregados era, em Reis de 30.000 que o rei Hiram de Tiro enviava em levas de 10.000 cada mês, e havia mais 150.000 entre carregadores e cabouqueiros, sendo eles 70.000 aprendizes e 80.000 companheiros, todos eles dirigidos por 3.300 mestres. Considerando que as dimensões do Templo (o interior de edifício era de 60 cúbitos de comprimento e 20 de largura, equivalentes a 30 x 10 mts) para a época eram grandes, mas hoje em dia não seria maior que qualquer igreja modesta, por tanto, aparece um exagero a quantidade de obreiros mencionado na Bíblia. O filósofo holandês Spinoza, século XVII, no seu Tratado Teológico Político menciona que os livros da Bíblia não são muito autênticos, especialmente pelo fato de ter sido escrito muitos séculos depois que os fatos neles relatados teriam acontecido, e os tradutores não sempre ter entendido a mensagem que a Bíblia encerra.

 
O MARTÍRIO DE HIRAM E DE OUTROS GRANDES INICIADOS E PERSONAGENS MITOLÓGICOS.

Noah. Conforme a tradição judaica, os três filhos de Noah tentaram ressuscitar seu pai da mesma forma e com os mesmos resultados iniciais de nosso ritual de terceiro grau e, somente com os 5 pontos de perfeição conseguiram seu objetivo. Outro detalhe relacionado com a tradição judaica e da qual, aliás, nosso ritual tem usado tantos ensinamentos, seria que o significado de dois nomes dos maus companheiros, estaria relacionado com o Bem e o Mal, na sua onomatopéia, similar para Jah ou Jehovah e Bel ou Baal, que para os israelitas significavam respectivamente o Bem e o Mal.

Osíris. Osíris é assassinado pelo seu irmão Set por inveja e recupera a vida quando seu filho Horus, usa fórmulas mágicas. Horus era filho da viúva Isis e coincide com a origem da denominação “Filhos da Viúva” com que os maçons somos conhecidos. Lembremos que Hiram também era filho de uma viúva.

Tammuz. Deus fenício amado por Astarté, chamado Adonis pelos gregos onde é amado por Afrodita, esposo de Istar babilônica, morre em Primavera e desce aos infernos onde sua viúva Istar vai procurar a fonte de água que lê devolverá a vida. O Irmão J. S. Ward, autor maçônico inglês, falecido em 1955, escreveu “Who was Hiram Abiff” onde ele pensa que a Lenda de Hiram Abiff é uma adaptação do mito de Tammuz e acrescenta que Hiram Abiff pertencia a uma ordem de sacerdotes que ordenaram seu sacrifício para dar boa ao Templo.

Sócrates. Existe um paralelo entre as características de Sócrates e de Hiram Abiff, tanto na suas qualidades morais como na suas inteligências e dotes de líderes. Os acusadores de Sócrates foram três e os três de escassa significação na sociedade ateniense, sem comparação coma importância de Sócrates. Hiram e Sócrates puderam livrar-se da morte mas isso seria uma traição aos seus ideais. Sócrates vive eternamente na sua sabedoria que deixou como legado para a humanidade e Hiram vive eternamente na acácia maçônica. Ambos simbolizam o triunfo do valor moral sobre a covardia, do espírito sobre a matéria, do bem sobre o mal, do certo sobre o errado.

A LENDA E O ZODIACO
As obras do Templo estavam já por terminar-se indicando que o Sol já teria percorrido as três quartas partes do seu curso anual; os três maus companheiros situam-se nas portas do Médio dia, Ocidente e Oriente, ou seja, os pontos do céu por onde sai o Sol, onde alcança sua maior força e onde se põe, ao morrer o dia. O primeiro golpe é dado com a régua de 24 polegadas que representa a revolução diária do Sol. O segundo golpe é dado com um esquadro; dividindo o círculo zodiacal em quatro partes temos quatro esquadros de 90 graus sendo que cada um deles representa uma estação do ano. O terceiro golpe é dado com o maço que tem uma forma cilíndrica o que acaba representando uma revolução anual.

Três CComp.’.matam o Mestre Hiram e nove Mestres procuram seu corpo. São os doze meses do ano zodiacal sendo que os Companheiros simbolizam os meses do Outono que antecedem o Inverno, quando a natureza morre. Os três CComp.’.são Libra (23/set à 22/out), Escorpião (23/out à 21/nov) e Sagitário (22/nov à 21/dez) quando começa o Inverno (sempre estamos falando do Hemisfério Norte, onde foi criada a simbologia maçônica) e quando nosso querido Mestre recebe o terceiro golpe que acaba com sua vida. Em Capricórnio (22/dez àq 20/jan) a substância terrestre está inerte mas é fecundante; é descoberto o corpo do Mestre. Em Aquário (21/jan à 19/fev) os elementos construtivos são reconstituídos na terra e se preparam para uma vida nova.

Hiram Abiff vive para sempre.(*) Irmão Ethiel Omar Cartes González
Loja Guatimozín 66
Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (Brasil)

Bibliografia:
Siete y más ..... Juan Agustín González M. (edição 1955)
La Leyenda de Irma Abiff - Eduardo Phillips Müller (edição 1975)
Considerações sobre o Gr.’.de M.’.
Peter Angermeyer (A Trolha Junho1980)
A simbólica maçônica Jules Boucher (edição 1996)
SÉRGIO PEREIRA/KAJAIDE
ORIENTADOR ESPIRITUAL
ANO DE OSALÁ E OYÁ
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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)

 
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)

O talento do grande Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) para o novo é algo indiscutível. A mestria que adquiriu no artesanato do ofício não pode ser questionada. Impossível um amador realizar, por exemplo, a “Sinfonia 41”, dita Júpiter.
O terrível, porém, é a asfixia que o grande Amadeus sofreu por causa da incrível superficialidade, essência da época em que viveu, do malfadado rococó clássico.
Isso é facilmente verificável em cada uma de suas mais de seiscentas obras catalogadas. Em determinado trecho, eis que surge o Mozart verdadeiro. Mas, lastimavelmente, no trecho seguinte, eis não mais Mozart, mas um Wolfgang qualquer, obrigado a rabiscar a torturante mediocridade da aristocracia e da burguesia reinantes em seu tempo.
O “Réquiem”, última obra de Mozart, trabalhada no leito de morte, é a composição na qual, até o último instante, fato único e trágico, o nosso gênio teve finalmente licença de comprometer-se apenas consigo mesmo. Mozart em todas as notas.
Ele próprio sabia disso. Embora houvesse recebido esse “Réquiem” por encomenda de terceiros, afirmou desde o primeiro instante: “Escrevo esse canto fúnebre para mim mesmo”. É a única peça que escreveu não para os outros, mas para o seu espírito.
O espírito de Mozart, contrário ao de sua época e ao que dele hoje se diz, não era nem infantil, nem mesquinho, nem frívolo. Um espírito assim não teria capacidade para dominar a ciência das estruturas sonoras em tão alto grau.
Perante o sufocamento que a época de Mozart representava para seu espírito, a Maçonaria lhe foi a dádiva suprema, elevada à vital refrigeração.
Mozart foi um maçom apaixonado pela Maçonaria. Há registros de sua Iniciação e Elevação, embora não se tenha encontrado sua Exaltação ao Mestrado, mas certamente galgou degraus outros na Escola Filosófica. Na “Flauta Mágica”, ópera maçônica e dedicada à Maçonaria, há referências simbólicas explícitas aos mais diversos estágios. Além disso, compôs significativas Cantatas Maçônicas, cujo sucesso entre os Irmãos muito o alegravam. Amava e frequentava, de coração, a grandeza filosófica da instituição.


Acredito que a crença em Deus segundo os princípios da Ordem foi o que deu a Mozart forças para viver seus últimos cinco anos. Não há registro de outro grande compositor que tenha sido obrigado a suportar tamanha carga de pressões em seu trabalho criador, somando-se ainda — fato pouco conhecido — problemas físicos de toda ordem.

Sob tal aspecto, vejam-se algumas condições físicas em que o “anjinho” Mozart desenvolveu o que hoje se costuma considerar obras “felizes e despreocupadas”.

Em 1762 (então com apenas seis anos de idade), contraiu uma infecção nas vias respiratórias superiores, devido a uma infecção estreptocócica. Tempos depois, o menino contraiu uma doença que o médico pensou ser escarlatina, mas que, na verdade, era um chamado erythema nodosum, quase certamente uma infecção estreptocócica. Neste mesmo ano, contraiu outra infecção e sofreu um ataque de febre reumática. Durante o ano de 1764, em Paris e Londres, Wolfgang teve tonsilite ou amigdalite (abscesso paritonsilar) e, outra vez, em 1765, padeceu desses mesmos males, complicados por uma sinusite. Em dezembro de 1765 (então com nove anos), entrou em coma e perdeu muito peso. Os terríveis sintomas incluíam toxiquemia aguda, pulso fraco, delírio, erupção de pele, pneumonia, exfoliação hemorrágica da membrana mucosa oral, sugerindo uma febre tifoide endêmica. Etc. etc. ...

Esse impressionante quadro de males ininterruptos segue pela vida afora, em um relatório médico de páginas e páginas, baseado nas fontes atuais sobre Mozart. Espantosa não é a tragédia de haver morrido com apenas 35 anos, mas o milagre de ter vivido tanto, apesar de tudo.

Os ataques morais deviam abater-lhe mais do que os males do corpo. Ele foi chamado de “caçador de dissonâncias”, “porcaria alemã” (atenção: Mozart é músico alemão — com pensamento e profundidade alemãos! —, e não austríaco, como todos imaginam e a Áustria se gaba. A sua Salzburg natal era, à época, território alemão) e outros xingamentos assim, veementes e constantes, inclusive por nobres de outros países. Por outro lado, claro que tinha grandes e numerosos defensores e era famosíssimo em sua época.

 
O grande exemplo da existência de Wolfgang Amadeus Mozart, obras artísticas geniais à parte, é a coragem de haver feito o que fez em condições tão contrárias. É quase impossível, em 35 anos, tempo de sua vida, um bom copista copiar o que Mozart escreveu, ou melhor, o que sobrou do que escreveu. Entenda-se: um bom copista, em trabalho contínuo e ininterrupto, em perfeito estado de saúde e dedicação exclusiva.

Como pôde Mozart fazê-lo, viajando incessantemente, nas condições precárias daquela época, atacado sem trégua por exércitos de males físicos e psicológicos, e, ainda assim, compondo (não simplesmente copiando o já pronto), ou seja, tendo a ideia, rabiscando, voltando atrás, consertando? E, nos entretempos, tocando em concertos, ensaiando, regendo, escrevendo uma quantidade fenomenal de cartas e todo o infinito problemático e inenarrável do dia a dia?

Eis aqui em Mozart, como em Cervantes e em Aleijadinho, a essência fulgurante do verdadeiro Mestre, a coragem indômita frente a qualquer espécie de inimigo, o avançar contínuo do gênio, que se aperfeiçoa conforme as guerras das quais não foge.

A grandiosa coragem (a bravura frente ao perigo!) — a verdadeira e principal coluna maçônica —, o exemplo brandido a essa Humanidade que se prostra, derrotada, ante uma simples dor de qualquer espécie.

O exemplo sempre foi não apenas o melhor conselho, mas o grande símbolo!

Congratulamo-nos com o Ir. Mozart, que nunca desistiu da terrível batalha contra o habitar a poderosíssima franzinidade de um Wolfgang pequenino e doentio. Wolfgang perdeu, e morreu. Porém Mozart — triunfante! — continua mais vivo do que nunca, a esbofetear todas as almas mesquinhas com a grandeza de sua maçônica vitória
(*) Marden Maluf é maestro, fundador e diretor artístico 
das Classes Musicais do Grande Oriente do Brasil.
Fonte: Ao Zenite
 
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Espiritual
Ano de Osalá e Oya
"UNIDO SOU MAIS QUE DOIS!"