DIA DE FINADOS
Sérgio Pereira 02/11/2012.
Texto proferido na Sessão Mediúnica de 02/11/2012.
Tudo tem uma origem. O dia de homenagear os nossos antepassados não foge a regra. Leon Denis, eminente espírita, nos diz que o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, antigo povo que viveu na região que hoje é a França. Os druidas era um povo que acreditava na continuação da existência depois da morte. No primeiro dia do mes de novembro se reuniam nos lares, não nos cemitérios, para homenagear e evocar os seus antepassados. Nós espiritualistas aprendemos o respeito aos desencarnados como um dever de fraternidade e amor, e entendemos que as expressões de carinho não precisam ser realizadas no cemitério, pois, ao contrario de outras pessoas que entende o cemitério como fosse à morada eterna da alma daqueles que desencarnaram. Naturalmente que respeitamos aqueles que pensam e agem dessa maneira. É preciso entender que nossa comunicação com os desencarnados é realizada através do pensamento. As preces, as orações, são vibrações do pensamento que alcançam os espíritos. Nossos entes queridos desencarnados são sensíveis ao nosso pensamento. Se existe entre eles e nós o sentimento de verdadeira afeição, se existe esse laço de sintonia, eles percebem nossos sentimentos e nossas preces, independente de ser dia de finados ou não.
Esse é o aspecto consolador da Doutrina Espirita: a certeza de que nossos queridos desencarnados, nossos pais, filhos, parentes e amigos, continuam vivos e continuam em relação conosco através do pensamento. Não podemos contar com a sua presença física, mas o sentimento verdadeiro nos une e eles estão em relação conosco, conforme as condições espirituais em que se encontrem. Eles já se encontram na pátria espiritual, no futuro seremos nós, de onde viemos e para onde todos vão, mas continuam vivos e atuantes Neste dia dedicado aos nossos entes queridos que já estão na dimensão espiritual não permitamos que a saudade se converta em angústia, sofrimento ou depressão. Vamos permitir que a presença divina acalme nosso coração e equilibre nosso pensamento, compreendendo que os afetos verdadeiros não são destruídos pela morte física e não são encerrados numa sepultura. Inteligentemente podemos concluir para não cultivarmos a tristeza, mas sim a consolação: sentimos saudades – e não estamos mortos; nossos amados não estão mortos – e sentem saudades... Se formos capazes de orar com serenidade e confiança, envolvendo a saudade com a esperança, sentiremos a presença deles entre nós, envolvendo-nos com vibrações de alegria e paz.
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Espiritual
Ano de Yemanjá/Osalá/Ajelú
“Eu Sou! Eu Posso!”