segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ANATOMIA OCULTA DO CORPO FÍSICO.


ANATOMIA OCULTA DO CORPO FÍSICO.







Adaptação de Sérgio Pereira.

Texto proferido na Sessão Mediúnica de 14/10/2011.













Via de regra nos prendemos ao que é físico, palpável, material. É o caso de nosso corpo. Mas pouco paramos para refletir sobre ele, o que ele representa e qual a importância espiritual que representa. Partindo da premissa que o nosso corpo físico é um templo que nos foi emprestado para podermos estar encarnados nessa dimensão. Nele é abrigado o nosso corpo astral (perispírito e o espírito). Portanto, é nosso dever e honra cuidá-lo o melhor possível, por tratar-se de um empréstimo que foi elaborado por engenheiros astrais. Não só o cuidado com higiene, mas também os que fazemos ao nosso corpo físico têm que ser sempre o melhor. Como ele é um “aparelho” complexo, é necessário, antes de fazer uma tatuagem ou colocação de pircing, coisas que estão muito em moda nos tempos atuais, que busquemos conhecimento onde, como e se é possível fazer ou colocar essas coisas em nosso corpo físico. Uma vez que uma agressividade no corpo físico reflete no nosso corpo astral. Uma tatuagem mal colocada pode abrir um portal para o mal, trazendo conseqüências desastrosas. Lembrando sempre que toda ação tem como contra partida uma reação. Existe sim em determinadas civilizações, em especial as mais primitivas, uma cultura de furar o corpo e enche-lo de adornos, mas não quer dizer com isso que alguma dessas perfurações ou marcas não vá afetar algum meridiano corpóreo, causando sofrimento ao usuário. Tudo tem um significado. Não é a toa que os presidiários tatuam seus corpos. Naqueles símbolos existem mensagens subliminares.

Bertol Brecht usava a expressão distância crítica para explicar que, quando estamos demasiado perto de algo ou alguém, não conseguimos avaliá-lo corretamente nem ter uma consciência crítica adequada a seu respeito. Com efeito, estamos tão perto dos nossos corpos físicos que é difícil compreende-los totalmente. É preciso ir além deles e dos seus impulsos automáticos para podermos perceber toda a sua importância como instrumentos da nossa evolução. Com distância crítica, a consciência consegue ver o conjunto.

O corpo físico será uma ferramenta decisiva para a nossa felicidade ou irá gerar dor e angústia, conforme o uso que dele fizermos. Os dados que a medicina convencional usa estão voltados para combater doenças. Para muitos, realmente, o corpo é um mecanismo desconhecido em que só se pensa quando há algo errado. Mas a tradição esotérica mostra-nos o corpo como um templo vivo e dinâmico, em que cada órgão é uma central energética, e onde há inteligência em todas as células. O verdadeiro caminho espiritual, ao invés de nos distanciar do corpo, ensina-nos a assumir a responsabilidade pelo que lhe ocorre, a perceber em profundidade este nosso fiel instrumento, e a descobrir e girar nele a chave para a unidade simultânea com Deus, com o universo e com o nosso próprio eu interior. O complexo funcionamento do corpo parece ter sido planeado por uma inteligência infinita.



Sérgio Pereira/Kajaide

Orientador Espiritual

Ano de Ibeiji/Elegbara/Mercúrio

“Eu penso!Eu Faço!”

ORAÇÃO A MIM MESMO.


ORAÇÃO A MIM MESMO







Autor Desconhecido

Texto proferido na Sessão Mediúnica de 07/10/2011.



Imagine fazer uma prece a você mesmo.

Imagine poder conversar consigo mesmo de uma forma suave, profunda, definitiva.

Quem sabe você poderia dizer assim:

“Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais.

Falar menos. Chorar menos.

Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm, e não a inveja que prepotentemente penso que têm.

Escutar com meus ouvidos atentos, e minha boa estática, as palavras que se fazem gestos, e os gestos que se fazem palavras.

Permitir sempre escutar aquilo que não tenho me permitido escutar.

Saber realizar os sonhos que nascem em mim, e por mim e comigo morrem por eu não os saber sonhos.

Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis.

Aqueles que morrem e ressuscitam, a cada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia.

Que eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível, da imensidão de toda profundeza.

Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental.

Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas, desenhar as retas, e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas pequenas manifestações da vida.

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos, fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamento.

E que meu choro não seja em vão, e que em vão não sejam minhas dúvidas.

Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo. Que eu não tenha medo de meus medos!

Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis, e desperte com o coração cheio de esperanças.

Que eu faça de mim uma pessoa serena, dentro de minha própria turbulência.

Humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas...

Que eu possa ensinar o pouco que sei, e aprender o muito que não sei.

Traduzir o que os mestres ensinaram, e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências.

Respeitar incondicionalmente o ser. O ser por si só, por mais nada que possa ter além de sua essência.

Auxiliar a solidão de quem chegou. Render-me ao motivo de quem partiu. E aceitar a saudade de quem ficou.

Que eu possa amar e ser amado. Que eu possa amar mesmo sem ser amado.

Fazer gentilezas quando recebo carinho. Fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas.

Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só”.

* * *

Quanto são importantes os momentos a sós conosco mesmo.

O exercício de se questionar, de conversar consigo, de se conhecer, é grande instrumento de evolução de que dispomos.

Na turbulência dos dias que não param, das muitas atividades e preocupações, esses momentos de meditação, de autoconvívio, irão determinar a saúde de nossa alma.

Muitos se perdem de si mesmos neste turbilhão ameaçador, e dificilmente se encontram a tempo.

Os que escolhem o caminho da meditação, da auto-análise, do autoconhecimento, adoecem menos e vivem mais – vida em abundância...

ANDRÉ PEREIRA


MESTRE DE CERIMÔNIAS


ANO DE IBEIJI / ELEGBARA / MERCÚRIO


"EU POSSO! EU FAÇO!"