MEDIUNIDADE E CARIDADE
Sérgio Pereira
Texto proferido na Sessão Mediúnica de 18/05/2012.
Mediunidade é coisa importante e séria, mas não diviniza nem inferioriza ninguém. Tem gente que pensa que ser grande médium é praticar fenômenos para “incrédulo ver”. Outros pensam que é se paramentar com vestes ritualísticas, “revirar os olhos” e “fungar” bastante. Não! Mediunidade é você trabalhar com ética, credibilidade e consciência em parceria, tanto com os amigos encarnados e esses com os desencarnados para o bem de todos, apenas isso. Na verdade tudo é muito simples. Pense na manifestação dos espíritos que se manifestam como pretas e pretos velhos durante um processo mediúnico. Existe algo mais simples e belo do que isso?
Paremos de julgar a manifestação mediúnica ou a experiência do outro. Podemos, até não concordar, mas caso para ele faça sentido, deixe. É dele! Isso lembra muito a postura daquele que não consegue fazer melhor e por isso mesmo vive a criticar e apontar o defeito dos outros. As experiências espirituais muitas vezes são de foro íntimo, cada um busca a sua. E cada um fique feliz com a sua!
Aprendam também que a dedicação e o estudo ajudam muito. Mas o que realmente conta é o nosso dia – dia, como pessoa comum, passando pelo crivo do Grande Arquiteto do Universo. Não adianta nada estudar muito e praticar pouco, principalmente em relação à humildade, tolerância, amor e outras tantas virtudes.
Fazer caridade é excelente, mas tem que estar alicerçada na disciplina. Se alem disso buscam esclarecer as pessoas, melhor ainda. Tem gente que acha que doando uma cesta básica a quem está necessitando de alimento, ao desencarnar será “salvo”. outros ainda se acham muito especiais e caridosos, verdadeiros missionários. Não caiamos nessa bobagem. Saibamos que, em verdade, ao auxiliar os outros nós estamos ajudam a nós próprios. E quando fizer a caridade, também não apenas dê o peixe, ensine o próximo a pescar. “Caridade de consolação” ergue a pessoa, mas depois que ela já está de pé, está na hora de ensiná-la a andar, com a “caridade de esclarecimento”. Façamos a caridade sempre que surgir a oportunidade de auxiliar o nosso próximo. O esclarecimento é também uma forma de caridade, portanto, é nosso dever levar a todos os lugares possíveis, com isso a nossa aura brilha e contagia as pessoas com alegria e vontade de viver. O trabalho em grupo na casa religiosa é coisa séria, deve haver respeito, amizade, alegria, mas não é reunião descompromissada ou vulgar. Os Espíritos da Cúpula da casa escutam os nossos pensamentos e não estão nada interessados em nossas preferências físicas, tão pouco são cúmplices das fofocas, guerras de vaidade e ciúmes que existem dentro de cada um. O trabalho espiritual em grupo é uma benção e oportunidade única de evolução, tanto de encarnados como desencarnados. É nosso dever aproveitar bem, porque se conseguirmos bons frutos os méritos são nossos, mas se colhermos palha a culpa também é só nossa!
Os Orixás, os Mestres, os Anjos, os Devas, todos Eles amam a humanidade. Caso queiramos fazer um ritual a algum Deles, tudo bem. Mas lembremo-nos sempre: Vela acesa só tem valor se o coração estiver aceso antes. Caso contrário, não!
A energia de uma erva é poderosa e realmente cura, mas antes, nossas próprias energias e o respeito com a vida vegetal devem ser grandes, caso contrário, é desperdício de tempo. Qualquer ritual de magia para o bem é lindo e bem quisto pela espiritualidade, mas temos que estar sempre atentos a não nos perder em meio de muitos rituais e elementos sob pena de esquecermos o essencial da vida.
O grande mestre da magia é o coração, e a grande força motriz é a nossa mente.
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Espiritual
Ano de Yemanjá/Osalá/Ajelú
“Eu Sou! Eu venço!
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