MENSAGEM DO 33º ANIVERSÁRIO DO CPPE CARIDADE
SÉRGIO PEREIRA/KAJAIDE
12/04/2009
Mais um ano a ser comemorado por esse núcleo o qual chamamos de Centro de Pesquisas e Práticas Espiritualistas – Caridade. Talvez, para muitos ainda não é de todo revelado os seus objetivos. Talvez, para muitos não foi possível, ainda, rasgar o “véu de Isis”, e poder ver e entender qual o bem maior que se esconde nos porquês desta casa espiritualista ter sido fundamentada. Sabemos que ela não foi idealizada para desfraldar bandeira de uma religião, mas sim é um centro no qual nos permite estudar, pesquisar, experimentar e praticar a nossa religiosidade com o divino.
As pessoas estão se acostumando com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha. Estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança. A vida sempre se fará em qualquer parte do universo, independente de nossa vontade ou percepção, pois, é a vontade da VIDA para com ELA mesma.
O conhecimento do espiritual, essa percepção mais profunda do entendimento dos mundos paralelos e das outras dimensões para onde a humanidade vai quando deixa o envoltório carnal, para muitos pode ter efeitos estonteantes, contrastes chocantes se não se apercebeu da imagem e semelhança com o Criador, que está na essência do espírito, na imortalidade da alma.
Não fomos criados para sermos infelizes ou deletados da natureza.
Nós verdadeiramente não morremos, simplesmente mudamo-nos para outro plano da Vida. Mas isso não é miraculoso e nem sensacionalismo da realidade. É uma constatação hoje comprovada cientificamente através do intercambio milenar dos médiuns, paranormais e pesquisas ligadas ao assunto.
Todas as raças e culturas abraçam alguma forma de expressão religiosa surgida de uma experiência de maravilhamento com a onipresença que alguém teve.
A religiosidade em si funciona como orientação para a Deidade e proteção mútua, necessária para uma vida saudável. Os problemas surgem quando as pessoas se fixam em dogmas a ponto de esquecerem a fonte da sabedoria, a filosofia que está no âmago daquilo que as guia, e quando insistem que sua crença é a melhor do que as outras.
O Rev. Don Welsh se expressa; “O crescimento espiritual é realmente um processo de derrubar a nossa ignorância a respeito de Deus e da nossa própria natureza, para que possamos nos transformar no que já somos”. O cerne da verdadeira religiosidade é baseado na experiência, no que já sentiu o no que está sentindo, não apenas na crença.
Desde que a ciência comprovou que a partícula e a onda são a mesma coisa, significa que Deus é imanente e transcendente, interno e externo, contido e misericordioso, o Um enquanto também muitos em Um.
Nessas últimas décadas temos observado jovens pais que estão deixando de lado a educação espiritual de seus filhos, dando mais ênfaze ao apelo da mídia pelo consumismo. No Natal, onde as pessoas devem incentivar seus rebentos a perdoar os mal entendidos de seus pares e firmar os laços da célula familiar e se voltarem para um sentimento de espiritualidade, se dedicam a cultivar compras de presentes e venerar a figura de um ancião bonachão que só sabe dar risadas grossas. Quando chega a Páscoa, essa traz a mensagem da renovação da vida, também do perdão para quem nos magoou e vice-versa, da mudança de ação através do forte sentimento de transformação do pensamento e atitude para o bem maior, frente o modo operante de viver. Mas o que se vê na nossa realidade são pessoas se jogando as compras de ovos de chocolate, comprometendo suas parcas economias e enaltecendo a figura do Coelho da Páscoa, além, de empanturrar seus filhos com excesso de guloseimas, que mais tarde terá efeito indesejável.
E como durante o período inicial de vida dessas crianças não lhes foi repassado a tradição, a cultura e o incentivo do sagrado, talvez, no futuro, no desespero de suas vidas vão acabar orando para o Papai Noel e Coelho da Páscoa.
Temos sim responsabilidade com essas crianças dos novos tempos. Elas estão chegando para fazer a diferença. São elas que vão tirar o planeta Terra do ciclo de provas e expiações. Talvez eles criem uma teologia totalmente nova e um Deus totalmente novo. Mas enquanto isso, vamos nós, do século passado, nos preparando cada vez mais para entendermos de uma vez por todas que a Vida nos quer bem e que ela sempre vai nos tratar conforme nós nos tratamos.
O CPPE Caridade tem que existir por si, mantendo os ideais pelos quais foi criado, sendo uma escola da espiritualidade aberta a todas as gerações.
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Espiritual
Ano de Osala/Sol
"Eu Penso! Eu Faço!"
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