quarta-feira, 4 de junho de 2008

HOMENAGENS & FESTIVIDADES

HOMENAGEM AOS PRETOS E PRETAS VELHOS
MAIO DE 2008

A comunidade do C.P.P.E. CARIDADE no dia 30 de Maio de 2008 prestou homenagem anual aos nossos queridos amigos espirituais que trabalham nas equipes de Pretos e Pretas Velhos. Contou com a participação da 1º e 2º Correntes do Centro sob o comando de Sr. Jorge Rudnei de Paula da Silva (IIº Sacerdote) e do Prof. Sérgio Pereira/Kajaide (Orientador Material), este último proferiu a crônica "13 de Maio" e "As 7 Lágrimas de Um Preto Velho", conforme anexo abaixo.
O 13 de MAIO
Sérgio Pereira

Para muitos de nós que como médiuns somos facilitadores do intercâmbio entre os encarnados e os desencarnados, o dia 13 de Maio nos é esperado com muito carinho, pois é quando homenageamos aos nosso queridos espíritos Pretos e Pretas Velhas. Esta data, para nós, não é comemorada com caráter político ou histórico. Não representa dentro da ritualística espiritualísta o fato contido na História ocorrido no nosso Brasil denominado a Abolição da Escravatura, o qual no dia 13 de Maio de 1888, teve e aprovada a redação final e sancionada a Lei que recebeu o nº 3.353, e ficou conhecida na História como Lei Áurea, pela então regente do Império , Princesa Isabel, filha do Imperador Dom Pedro II e que continha o seguinte teor: “ Art. 1º. – É extinta a escravidão no Brasil. Art. 2º. – Revogam-se as disposições em contrário”. Assim, ficava concluída essa missão do Parlamento brasileiro.
Entendemos que essa Lei assinada por esta senhora não libertou um povo de uma raça da escravidão, porque simplesmente não os preparou para viverem de cativos a libertos, após séculos de serviços forçados. Em verdade, eles foram abandonados a própria sorte.
No nosso movimento religioso, o dia 13 de Maio é a data escolhida pra expressarmos efusivamente nossa gratidão aos homens e mulheres em espírito que se revestem da forma humilde de negros e negras velhos e vem se comunicar conosco através do fenômeno da mediunidade, nos trazendo paz e equilíbrio emocional por meio de seu sábios conselhos , carregados de profundo conhecimento psicológico da alma humana; das suas receitas caseiras de ervas medicinais para a cura e alívio de determinados males que afligem o nosso físico; da eficiência das suas magias contra o mal que teima em entravar nosso caminho evolutivo por meio da inveja, ciúmes, maleficências ou tantos outros adjetivos perniciosos que infelizmente fazem parte da nossa condição humana mas que devemos transmutar em bem maior.
Para esses Espíritos, o 13 de Maio lhes é reservado para o brinde fraterno, onde reconhecemos os seus relevantes serviços que nos prestam, onde muitos deles são seres letrados, estudados, versados na Ciência e que por amor a humanidade se agrupa em falanges e se transvestem na pele negra da raça que ajudou a impulsionar o nosso país a condição de Estado Político que hoje vemos. Eles chegam até nós como pais velhos, mães velhas, vovós, vovôs, tios e tias a nos orientar naquilo que de mais urgente nos aflige a carne, a mente ou a nossa alma.
Sarava meu Preto Velho! Sarava minha Preta Velha!
AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO
(Autor Desconhecido)

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste Preto Velho chorava.
De seus “olhos” molhados, furtivas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque contei-as....Foram sete.
Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei: “Fala, meu Preto Velho, diz ao teu filho porque extremas assim uma tão visível dor?”.
E ele, suavemente respondeu: “Filho, já deves ter notado multidão de pessoas que entram e saem dos templos, igrejas, centros espíritas, casas espiritualistas e tantos outros lugares que falam e fazem algo e nome de Deus? Pois é meu filho, as lágrimas contadas por ti estão distribuídas a cada uma delas.
A PRIMEIRA LÁGRIMA eu dei aos indiferentes, que vão em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber.
A SEGUNDA LÁGRIMA é para os eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.
A TERCEIRA LÁGRIMA distribuí aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.
A QUARTA LÁGRIMA, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.
A QUINTA LÁGRIMA, bem, esta chega suave, tem o riso, o elogio da flor nos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio na Umbanda, nos teus Caboclos, nos teus Pretos Velhos, nos teus Esús, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo. E se nada eu obtiver vou fazer critica contra esse grupo.
A SEXTA LÁGRIMA, essa eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, de religião em religião, indo de cartomante aos Ufólogos, na verdade não acreditando em nada, apenas buscam aconchêgos e conchavos e seus olhos revelam um indisfarsável interesse em tirar proveito de tudo e de todos.
A SÉTIMA LÁGRIMA, bem, notas como foi grande e como deslizou pesada? Sim, foi a última lágrima, aquela que vive nos “olhos” de todos os Orisás. Fiz doação dela aos médiuns vaidosos, que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam às doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos encarnados precisando de amparo material e espiritual e muito mais irmãos na espiritualidade precisando de caridade.
Assim sendo, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO!
SARAVÁ!
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Material
Ano de Ógùn?Marte
"Avante! Sempre em Frente".

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