segunda-feira, 27 de abril de 2015

A MORTE FÍSICA E O SIMBOLISMO.


A MORTE FÍSICA E O SIMBOLISMO.
 
Texto proferido na Sessão Mediúnica de 01/05/2015.
 
Em todas as sessões onde ouvimos a leitura dos que se foram
para o Oriente Eterno percebemos, apesar de nosso conhecimento sobre a espiritualidade, o
desconforto de alguns irmãos que chegam a movimentar-se em seus assentos, demonstrando real preocupação com o seu
futuro e de suas famílias nesse momento de transição entre o plano físico e espiritual.

Mas temos que em algum momento falar sobre a morte física e refletir sobre esse assunto extremamente natural. É necessário para todos nós, independente da idade
ou cor dos cabelos, afinal, o que realizamos nos centros espiritualistas se não obtivermos um
tempo para reflexão de nossa própria existência?

A Espiritualidade é eclética e incorpora várias crenças e culturas, assim
sendo acabamos por absorver e compreender uma série de ideias e conceitos sobre a morte.

Existe uma corrente filosófica que crê na morte diária do ser humano.
Muitos podem até pensar:  “claro…morremos todos os
dias um pouco; todos os dias perdemos milhares de células que morrem e temos
um dia a menos para viver”. Todavia não é esse o enfoque dessa corrente.

Essa linha de pensamento destaca que quando dormimos ficamos inconscientes em total escuridão e de nada lembramos, nada sentimos a não ser em nossos sonhos. Quando dormimos e não sonhamos é como se estivéssemos em       um    estado de coma, morremos para o mundo concreto, adentramos na escuridão do estado de inconsciência.

Nos dias atuais onde as relações humanas são efêmeras e descartáveis, nós literalmente morremos para a memória de muitas pessoas de nosso passado. Somos deletados, simplesmente assim, mas aquele que assim age sofre o retorno disso, pois está estimulando a um comportamento que voltará para ele e que ele também será fatalmente deletado por outros.

Alguns irmãos deixam de ir às sessões de estudos ou mediúnicas por tanto tempo e trabalham tão
pouco para a sua Casa Espiritualista que são esquecidos, adormecidos, morrem para a sua comunidade e
caem no berço da escuridão.

Platão dizia que devemos observar como os pares de opostos se manifestam na natureza: o alto e o baixo; o positivo e o negativo;          o masculino e o feminino; o dia e a noite; o sono e a vigília. Durante o dia estamos em estado de vigília e à noite dormindo. Esse é o processo natural.
Ninguém pode ficar eternamente acordado ou eternamente dormindo. Isso vale para a vida e a morte.

Nossa ignorância é a morte da inteligência, nosso ego é a morte          da humildade. Quando estamos alegres enchemos o nosso centro de boas energias e matamos
a tristeza a angústia e as desilusões que nos assolam.

O nosso Orientador Espiritual cria a morte do silêncio através dos hinos e pontos cantados e nos remete a luz e a sabedoria de Salomão por meio das mensagens proferidas no início de cada sessão. As luzes de nosso templo matam as trevas e os símbolos apresentados nos fazem refletir o quanto temos que aprender para nos desprendermos das amarras que a vida ilusória nos traz.

Os ramos de Oliveira e a Acássia nos faz entender que a morte é apenas um ciclo entre o acordar e o dormir. Que em todos os momentos a Casa Espiritualista está em pé justa e perfeita para acolher o irmão ferido, abatido, combalido ou morto.

O ciclo da vida, esse maravilhoso percurso que trilhamos é o que           nos dá força para continuar.

As doutrinas religiosas que falam na reencarnação do ponto de vista           da crença pode ter esbarrado na genética formando assim não só uma elucubração filosófica sobre a morte, mas obtendo uma real circunstancia de vida após a
morte.

Quando nascemos obtemos 50% da genética de nossa mãe e 50%            de    nosso       pai. Quando eles morrem metade deles reside conosco. Eles morreram? Ou ressuscitaram em nossos corpos para uma nova vida?

Agora com a manipulação genética o corpo físico poderá nascer          por quantas vezes o geneticista quiser. Podemos pensar nisso como morte ou ressurreição? Um clone quando morre e renasce por manipulação genética ressuscita? Onde fica a alma nesses casos?

Esses debates de vida e morte nesse milênio vão evoluir os pensamentos filosóficos dos pensadores que estudamos. Quem sabe seremos nós os espiritualistas parte desse novo pensamento que vai não só estudar esse modelo de vida e
morte, mas também de refletir sobre as questões éticas, morais e espirituais dos casos.

Se a morte fosse à dissolução total do homem, isso seria de grande vantagem para os maus, que após a morte estariam livres, ao mesmo tempo, de seus corpos, de suas almas e de seus vícios. Aquele que adornou sua   alma,         não  com enfeites estranhos, mas com os que lhes são próprios, ele somente poderá esperar com tranquilidade a hora de sua partida para o outro mundo.

Na Experiência de Quase Morte –
EQM, As
pessoas que viveram o fenômeno relatam, geralmente, uma série de experiências comuns, descritas nos estudos de Elizabeth Kubler-Ross (1967)[2], tais como:

- um sentimento de paz interior;

- a sensação de flutuar acima do seu corpo
físico;

- a impressão de estar em um segundo corpo,
distinto do corpo físico;

- a percepção da presença de pessoas à sua
volta;

- a visão de seres espirituais;

- visão de 360º;

- sensação de que o tempo passa mais rápido ou
mais devagar;

- ampliação de vários sentidos;

- a sensação de viajar através de um túnel
- intensamente iluminado no fundo (“experiência do túnel”).

Nesse espaço, a pessoa que vive a EQM percebe a presença do que a maioria descreve como um “ser de luz”, embora seu significado possa variar conforme os arquétipos culturais e a religião pessoal. O portal entre essas duas dimensões é também descrito como a fronteira entre a vida e a
morte. Por vezes, alguns pacientes que viveram essa experiência relatam que tiveram de decidir se queriam ou não regressar à vida física. Muitas vezes falam de um campo, uma porta ou um lago, como uma espécie de barreira que, se
atravessada, implicaria não regressarem ao seu corpo físico.

A comunidade médica passou a olhar para a morte e a sobrevivência da consciência sob uma nova perspectiva, como ocorre, por exemplo, na Associação Internacional de Estudos de Quase Morte, no Departamento de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais da Universidade da Virginia e na Associação Brasileira de Medicina Psicossomática. Enquanto existem observadores que atribuem esse fenômeno a experiências espirituais, outros recorrem a teorias como alucinação, memória genética ou a simbolização do nascimento biológico.

Nesse caso a sensação de morrer pode mudar drasticamente a vida, quando a morte física não se conclui.

O fato é que a preparação para a morte nos é repassada desde a iniciação colocada em forma de instruções e símbolos. Não deveríamos temer a morte, entretanto ainda temos muito o
que caminhar para entendermos todo o ciclo de vida e morte como algo natural.
SÉRGIO PEREIRA/KAJAIDE
ORIENTADOR ESPIRITUAL
ANO DE ÒGUN E YEMANJÁ
"EU FAÇO!"

 

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