OBALUÀYÉ, OMOLÚ, SAKPATA OU SÀNPÒNNÁ.
Mediante a um ORISÁ
sempre temos que refletir sobre o que ele representa e a mensagem que trás, a
qual sempre está além do comum. Um ORISÁ é uma energia complexa por esse motivo
não deve ser levada ou entendida com leviandade.
Como todos os estudiosos
e praticantes do Candomblé, sabem que esse ORISÁ se desdobra em mais de um,
porém ele não é o único. Ele recebe nomes diferentes conforme seu espaço
vibracional como: OBALUÀYÉ, OMOLÚ, SAKPATA OU SÀNPÒNNÁ.
Vamos dissecar o que
quer dizer esses nomes na língua Iorubá:
OBALUÀYÉ = Quer dizer REI ou SENHOR DA TERRA
(NÃO NO SENTIDO DE TERRA PLANETA).
OBA= rei ou senhor.
AYÉ= terra.
OMOLÚ= quer dizer FILHO
DO SENHOR.
OMO= filho.
LÚ= do senhor.
SAKPATA= DONO DA TERRA
(não se trata do planeta Terra);
SÀNPÒNNÁ= título ligado a grande calor, ou seja,
SOL.
Neste último nome podemos observar que esse
ORISÁ, têm muito a nos dizer que está além das feridas e úlcerações na pele.
Temos que lembrar que ele passa dessa vibração para outra de cura e beleza, que
de tal forma tem o brilho do Sol.
Será por isso que ele usa a palha para se cobrir
e não ao contrário que muitos pensam, que as usa para esconder suas chagas?
Responda se puder.
Fazemos parte da natureza que não é estática, mas
sempre construindo e desconstruindo num processo de caos e grande evolução. Por isso
mesmo, nossas perguntas e respostas também tem que seguir esse rítimo da vida e
não estagnar na mediocridade. A natureza nos mostra as tranformações que
ocorrem o tempo todo. O humano também transforma o seu habitat o tempo, o seu
corpo e sua vida. Evolução sempre o tempo todo.
No seu ethan ou itan (lenda) vemos que ele tem
origem no ORISÁ NÀNÀ e que nesta fase ele está em vibração de moléstias que
expoem ostensivamente sobre a pele, como o caso da varíola, e que depois ele
segue sob as vibrações da ORISÁ YEMOJÁ, mundando essa vibração ostensivamente
para a saúde e beleza como também a quentura e o brilho do Sol. Porém ele tem
tudo a ver com a morte e o renascimento.
O nome de sua dança é OPANIJÉ, que quer dizer: “AQUELE
QUE MATA QUALQUER UM E COME.” Podemos interpretar isso como a força ORISÁ que
tem a possibilidade de extinguir qualquer doença e a transsubstancia em algo
benéfico. Mas o inverso pode ser verdadeiro. Dependendo de seu estado
vibracional e ocupação em seus yaôs ele mostra através de sua dança peculiar e enérgica com toque de delicadeza.
O mês de Agôsto se para muitos e tido como ruim,
para os adptos do Candomblé e omorisás de OBALUÀYÉ ele é muito bem vindo e
esperado, pois é o tempo de OLUBAJÈ, ou seja, a festa anual para esse grande ORISÁ.
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Espiritual
Ano de Sàngó/Obá/Lodê
“SOU LUZ!”
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