sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

SOMOS DISCÍPULOS DE CRISTO?




SOMOS DISCÍPULOS DE CRISTO?

(baseado em texto psicografado por Chico Xavier)




JACINTO FAGUNDES

Psicografada por CHICO XAVIER

Texto proferido na Sessão Mediúnica de 02/12/2011.




Somos discípulos do Cristo. Mas, repetindo com Ele a sublime afirmação: – “Pai nosso que estais no céu” –, esperamos que Deus se transforme em nosso escravo particular, atento às nossas ilusões e caprichos.

Somos discípulos do Cristo. Contudo, redizendo-lhe as inesquecíveis palavras de submissão ao Criador: – “seja feita a vossa vontade” –, assemelhando-nos a vulcões de intemperança mental, vomitando fumo de rebeldia e lava de imprecações, sempre que nos sintamos contrariados na execução de pequeninos desejos.

Somos discípulos do Cristo. Entretanto, refazendo-lhe a súplica ao Pai de Infinito Amor: – “o pão de cada dia dai-nos hoje” –, reclamamos a carcaça do boi e a safra do trigo exclusivamente para a nossa casa, esquecendo-nos de que, ao redor de nossa mesa insaciável, milhares de companheiros desfalecem de fome.

Somos discípulos do Cristo. Todavia, depois de implorar com o Sábio Orientador à Eterna Justiça: – “perdoai as nossas dívidas” –, mentalizamos, de imediato, a melhor maneira de cultivar aversões e malquerenças, aperfeiçoando, assim, os métodos de odiar os mais fortes e oprimir os mais fracos.

Somos discípulos do Cristo. No entanto, mal acabamos de pedir a Deus, em companhia do Grande Benfeitor: – “não nos deixe cair em tentação” –, procuramos, por nós mesmos, aprisionar o sentimento nas esparrelas do vício.

Somos discípulos do Cristo. Contudo, rogando ao Todo-Poderoso, junto ao inefável Companheiro: – “livrai-nos de todo o mal” –, construímos canhões e fabricamos bombas mortíferas para arrasar a vida dos semelhantes.

Somos discípulos do Cristo. Mas convertemos o próximo em alimária de nossos interesses escusos, olvidando o dever da fraternidade, para desfrutarmos, no mundo, a parte do leão.

É por isso que somos, na atualidade da Terra, os cristãos incrédulos, que ensinamos sem crer e pregamos sem praticar, trazendo o cérebro luminoso e o coração amargo.

E é assim que, atormentados por dificuldades e crises de toda espécie – aflitiva colheita de velhos males –, cada qual de nós tem necessidade de prosternar-se perante o Mestre Divino, à maneira do escriba do Evangelho, guardando na alma o próprio sonho de felicidade, enfermiço ou semimorto, a exorar em contraditória rogativa:



– “Senhor, eu creio! Ajuda a minha incredulidade”.



Sérgio Pereira/Kajaide

Orientador Espiritual

Ano de Ibeji/Elegbara/Mercúrio

“Eu Penso!Eu Faço!”






































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