Ante os testemunhos: juntemo-nos as amizades e a Deus.
Texto adaptado por Sérgio Pereira, em 22/04/2011
Segundo o Evangelho, na iminência de Seu martírio, Jesus dirigiu-Se ao Getsêmani com os discípulos.
Acompanhado de três deles, afastou-Se um pouco para orar.
Declarou-Se triste, pediu que vigiassem com Ele e orou.
Absolutamente tudo o que Jesus fez durante Sua jornada terrena é pleno de significados.
Ele é um dos Modelos e Guias dado por Deus à Humanidade.
Forte por Suas virtudes, mas ainda assim sujeito às intempéries da vida terrena, uma vez que ELE estava em um envoltório carnal como qualquer mortal, até porque, ELE próprio diz" Não vim destruir a Lei". Sim, ingressou em nosso sistema planetário e se fêz humano de carne e osso sem infrigir as Leis da Natureza próprias do planeta Terra.
Em face do grande testemunho que se avizinhava, esse Homem Superior lançou mão de duas providências.
Primeiro, cercou-Se de Seus amigos queridos e partilhou com eles Suas angústias.
Segundo, entrou em contato com a Divindade por meio da oração. Se conectou com o Criador Uno, indivisivel, pois, Ele, Jesus nunca disse ou sentia-Se Deus, apenas filho de Deus como qualquer ser.
No mundo, o homem está sempre às voltas com testemunhos e em sua fragilidade, a cada instante é colocado à prova. Com Jesus não foi difirente, mesmo pleno de pureza, bondade e sabedoria, Ele sofreu às tentações e às dúvidas.
Frequentemente se indaga a respeito de qual o melhor caminho a seguir.
Hesita, sente-se fraco e teme não conseguir vencer as provações.
Mesmo quando decidido, às vezes fraqueja ao colocar em prática suas boas resoluções.
O ser humano, essencialmente frágil, não se debate apenas com dificuldades pontuais.
Diariamente, ele corre o risco de cometer pequenos e desnecessários equívocos.
Não se trata de pintar um quadro desanimador, mas de ser realista.
O bem é sempre possível e ele invariavelmente ilumina e pacifica.
Apenas, por vezes, as tentações do mundo se apresentam bastante sedutoras.
Nesse contexto, convém recordar o sábio exemplo de Jesus.
Em Sua grandeza, Ele não abdicou de dois sublimes recursos: a oração e a amizade.
A oração coloca o homem em ligação com o Divino.
Faculta que ele receba salutares inspirações e se fortifique.
O hábito de orar constitui um eficiente antídoto contra as loucuras do mundo.
Mas, nessa busca do Alto, importa não esquecer os companheiros de jornada.
As amizades sinceras aquecem o coração e reduzem as carências e fragilidades.
É importante aprender a partilhar as próprias dificuldades e sonhos com algumas pessoas de confiança.
Esse processo de narrar os conflitos íntimos a Deus e ao próximo faculta o autoconhecimento.
Se algo parecer muito vergonhoso para ser partilhado com um amigo querido, é porque jamais deve ser colocado em prática.
Assim, ante seus testemunhos diários, ligue-se a Deus e a seus amigos.
Trata-se de uma valiosa estratégia para que vença a si mesmo e caminhe firme em direção ao alto.
Páscoa é reflexão. Páscoa e transformação, transmutação, transubstanciação de nossas fraquezas, iniquidades e males que nós próprios criamos e que causam um enorme entrave em nossas vidas para o progresso espiritual. Aproveitemos, então, esse momento do "Pessach" = passagem, e passemos a um ser melhor que ontem.
Pense nisso nesta Páscoa.
Um forte abraço à todos.
Sérgio Pereira/Kajaide
Orientador Espiritual
Ano de Ibeiji/Elegbará/Mercúrio
"Eu Posso! Eu Faço!"
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