sexta-feira, 9 de julho de 2010

O que é o Mantra OM MANI PADME HUM

OM MANI PADME HUM

Explicação sobre o mantra de seis sílabas, Om Mani Padme Hum:

Om fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses. Osofrimento do reino dos deuses surge da previsão da própria queda doreino dos deuses [isto é, de morrerem e renascerem em reinosinferiores]. Este sofrimento vem do orgulho.
Ma fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deusesguerreiros (sânsc. asuras). O sofrimento dos asuras é a briga constante.Este sofrimento vem da inveja.
Ni fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino humano. Osofrimento dos humanos é o nascimento, a doença, a velhice e a morte.Este sofrimento vem do desejo.

Pad fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino animal. Osofrimento dos animais é o da estupidez, da rapina de um sobre o outro,de ser morto pelos homens para obterem carne, peles etc., e de sermorto pelas feras por dever. Este sofrimento vem da ignorância.
Me fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos fantasmasfamintos (sânsc. pretas). O sofrimento dos fantasmas famintos é o dafome e o da sede. Este sofrimento vem da ganância.

Hum fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino do inferno. Osofrimento dos infernos é o calor e o frio. Este sofrimento vem da raivaou ódio.

Om Mani Padme Hum: O Mantra da compaixãoOm corresponde ao som sagrado, ao som da criaçãoMani quer dizer jóiaPadme (diz-se pémé) traduz-se por flor de lótusHum (pronunciar hung) é um som sagrado tibetanoNão é traduzível numa simples frase, numa simples palavra. Penso que assimseja porque o caminho por ele indicado também não é simples.No fundo, podemos pensar na flor de lótus que emerge do lodo, isto é, nonosso ser interior resplandecente que emerge para brilhar na nossa vida.Quer isto dizer que todos possuímos aquilo que nos pode auxiliar a brilhar econtagiar os outros com a nossa alegria de viver, com a nossa compaixão pelomundo e pelos outros.Deixarmos o nosso lótus interior florescer significa que passamos a sentir-nosbem connosco, com os outros e com a vida; passamos a aceitar a diferença e aser mais tolerantes; passamos a fazer parte da construção de um mundomelhor; passamos a contribuir para lapidar o lótus da humanidade através depequenos gestos diários, às vezes tão corriqueiros como um sorriso ou umapalavra no momento certo; passamos a possuir um sentimento de pertença à mãe-terra que nos alimenta a vida e alma.

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